IX.
não colheste. uma flor do meu jardim. não me abraçaste. e apertaste o peito. não ficaste sentada. à minha espera. não quiseste. não leste o bilhete. que te deixei. por debaixo da porta. provavelmente. não o viste. ou então.desviaste o olhar. no segundo exacto. em que abriste a porta. e a luz do dia. te encadeou os olhos. e saiste.
sim. lembro-me. que nesse dia. chovia. e o céu. era cinzento. como o fundo de uma caixa fechada. não levaste guarda-chuva. escolheste. deixar-te amolecer. como uma folha de papel. por entre as ruas. cheias de água. lembro-me. que escrevi sobre ti. nesse dia. só não me recordo. se foi sobre as tuas mãos. se sobre o teu beijo.
não. não. foi sobre isso que escrevi.
lembro-me agora. que nunca te beijei. a boca. e que as tuas mãos. estão cansadas. de tão pouco de mim. nelas.
escrevi. sobre o que deixei.
não colheste. uma flor do meu jardim. não me abraçaste. e apertaste o peito. não ficaste sentada. à minha espera. não quiseste. não leste o bilhete. que te deixei. por debaixo da porta. provavelmente. não o viste. ou então.desviaste o olhar. no segundo exacto. em que abriste a porta. e a luz do dia. te encadeou os olhos. e saiste.
sim. lembro-me. que nesse dia. chovia. e o céu. era cinzento. como o fundo de uma caixa fechada. não levaste guarda-chuva. escolheste. deixar-te amolecer. como uma folha de papel. por entre as ruas. cheias de água. lembro-me. que escrevi sobre ti. nesse dia. só não me recordo. se foi sobre as tuas mãos. se sobre o teu beijo.
não. não. foi sobre isso que escrevi.
lembro-me agora. que nunca te beijei. a boca. e que as tuas mãos. estão cansadas. de tão pouco de mim. nelas.
escrevi. sobre o que deixei.
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