XI.
eu. digo. adeus. tu. perguntas. lembraste-te. de mim. e eu. de rosto fechado. e com o frio da noite. a quebrar-me os ossos. não respondo. porque naquela dia cinzento. de janeiro. deixei-te. partir. e assim. fecho-me por dentro. como se as costas. me empurrassem para dentro o peito. e sigo o meu caminho.
tu. dizes. que sou uma parte de ti. eu. escondo-me na minha carne. e não sei o que fazer com tão pouco espaço. que me resta. quando não estás. e num gesto lento. sacudo das minhas roupas. a chuva de março. quando entro em ti. e me perco. e não sei para onde vou. ou se existe mais que este amor.
eu falo. em silêncio. contigo. e nem os mortos. que deixei. enterrar sobre a fraqueza. das minhas mãos. me ouvem. doente. faço-me prisioneiro. do meu castigo. sem ti. e tu. não sabes. disso.
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