XV.
talvez nunca saibas o quanto fui teu. o quanto os meus braços sentem a falta dos teus abraços quentes. enquanto o teu cheiro se entorna para dentro do meu peito. e tu te debruças sobre o meu coração apertado. como chuva de verão. talvez nunca saibas a morte que me provocaste. porque hoje sou apenas a vontade de morrer e de escorrer para dentro da terra. talvez nunca saibas para onde fui quando o mundo inteiro se encolheu nas minhas mãos e eu. passei a ser a sombra de todos os sapatos. e as folhas que as árvores abandonaram no outono. e as marés desfeitas sobre o céu cinzento. e até quando as ruas ficaram desertas. eu. fui. a corrente de ar debaixo de todas as portas daquela cidade. e tu. de lenço na cabeça a olhar o mar. talvez. nunca saibas quem foste para o meu coração apertado. talvez apenas suspeita. de que o meu coração é um barco encalhado num molhe. distante. de qualquer lugar. ou. nada.
talvez nunca saibas o quanto fui teu. o quanto os meus braços sentem a falta dos teus abraços quentes. enquanto o teu cheiro se entorna para dentro do meu peito. e tu te debruças sobre o meu coração apertado. como chuva de verão. talvez nunca saibas a morte que me provocaste. porque hoje sou apenas a vontade de morrer e de escorrer para dentro da terra. talvez nunca saibas para onde fui quando o mundo inteiro se encolheu nas minhas mãos e eu. passei a ser a sombra de todos os sapatos. e as folhas que as árvores abandonaram no outono. e as marés desfeitas sobre o céu cinzento. e até quando as ruas ficaram desertas. eu. fui. a corrente de ar debaixo de todas as portas daquela cidade. e tu. de lenço na cabeça a olhar o mar. talvez. nunca saibas quem foste para o meu coração apertado. talvez apenas suspeita. de que o meu coração é um barco encalhado num molhe. distante. de qualquer lugar. ou. nada.